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A religião do novo mundo

16 de janeiro de 2014

Quando escrevi o texto Uma Ideologia Religiosa, demonstrei o caráter religioso do marxismo e como ele possui seu profeta com suas profecias, sua promessa paradisíaca e seus demônios. Deixei claro que essa ideologia é simplesmente uma imitação do cristianismo e como isso denota sua identidade satânica.

No entanto, o demônio não se limita a apenas uma via de usurpação - todos os caminhos que ele puder trilhar para que consiga tomar o lugar de Deus são utilizados. É por isso que vemos tantas manifestações filosóficas, religiosas, pseudo-espirituais e intelectuais que se assemelham demais às verdadeiras manifestações cristãs. Porém, quando bem analisadas, percebe-se que tudo não passa da imitação de um cristianismo alijado de suas ideias essenciais. O que elas fazem é apropriar-se indevidamente dos valores cristãos, ocultando o verdadeiro possuidor desses valores. Apropriação indébita, fraudulenta e enganadora.

Ao fazer isso, tais manifestações ainda passam a exigir os louvores próprios dos defensores daquelas virtudes. Daí, elas acabam sendo, aos olhos da multidão, os paladinos da tolerância, do amor e da caridade, quando, na verdade, foi o cristianismo quem apresentou tais virtudes ao mundo. E o pior: lançam sobre os cristãos a pecha de intolerantes, de insensíveis e de fanáticos.

Por não estarem atentos a isso é que boa parte da cristandade se renderá aos apelos do Novo Mundo. Não que ela deseje negar seu Cristo, nem abandonar sua fé, mas, ignorante que permanece, sujeita à manipulação por causa de seu desinteresse dos assuntos realmente importantes e impossibilitada de compreender às razões mais profundas de tudo, enxergará na fraude a sinceridade, na usurpação a verdade e na falsidade os valores que ela sabe serem os melhores.

Assim se formará a religião universal, alimentada não apenas por opositores do cristianismo, mas, e talvez principalmente, por cristãos dissociados da essência da sua fé e apegados meramente aos efeitos dela. Uma fé ecumênica se formará e levará consigo uma multidão de crentes enganados pela própria inocência estúpida.

Basta atentar para o quanto, dentro dos próprios apriscos evangélicos, se fala de um amor abstrato, de uma caridade meramente humana e de uma tolerância excessiva como virtude. Tem se multiplicado a pregação de um evangelho sem justiça eterna, de um Deus que fecha os olhos às impiedades humanas e a todos perdoa, ainda que não haja arrependimentos. Não é difícil encontrar o evangelho da inclusão, que não propõe a mudança, nem a transformação, mas apenas finge imitar Cristo que não julgou a adúltera, esquecendo sua determinação que ela cessasse com seu pecado.

A nova Religião Universal não se levantará frontalmente contra uma fé chamada cristã, mas, a esvaziará de tal maneira que a tornará uma mera associação de boas maneiras, sem conteúdo vital algum, sem qualquer convocação a algum tipo de arrependimento, nem chamada a alguma escolha definitiva. Será uma religião que se coadunará perfeitamente com a mentalidade moderna que é superficial, fútil e desinteressada.

Um comentário:

  1. Agradeço imensamente por poder apreciar a sua objetividade baseada na análise profunda dos fatos e trazendo a desmistificação dos "salvadores do mundo" a todos quantos queiram e estejam desejosos da verdade. Grata.

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