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O primitivismo de todos nós

14 de março de 2014
A ideologia progressista e a esquerda, em geral, no Brasil, encontra eco em qual porcentagem dos deputados nacionais? Sem nenhuma dúvida, um discurso que confronte o socialismo brasileiro não sai das bocas sequer de 0,5% desses legisladores. Então, por que, quando alguém, como o deputado federal Jair Messias Bolsonaro, fala algo, isso é motivo para reações tão destemperadas e manifestações de temores desesperados, como do jurista Conrado Hubner Mendes, em seu artigo Reféns do Bolsonarismo?
A única resposta plausível é que parece notório que o discurso da maioria dos políticos não tem receptividade no seio da população da mesma maneira que o tem o de um único deputado. E isso incomoda muita gente, que vive da negação constante dos anseios do povo. Além disso, reações tão histéricas apenas demonstram que o que Bolsonaro diz não chega sequer perto do absurdo, pelo contrário, aponta problemas bem reais na atuação dos grupos de esquerda no Congresso.
 
O deputado Bolsonaro não é nenhum louco. Ele sequer é excêntrico. Se fosse, seria como o falecido deputado Enéas Carneiro, que apesar de amealhar uma quantidade impressionante de votos pelo país, dentro da casa legislativa não teve força para incomodar muita gente. De forma diferente, Bolsonaro incomoda, e isso acontece, principalmente, porque ele é um homem comum, que diz coisas comuns, que refletem a cabeça da população comum.
 
E é exatamente esta forma de pensar que incomoda a elite esquerdista e pensante deste país. Quando o Dr. Conrado Mendes chama essas manifestações de primitivismo político, ele apenas está destilando o seu horror ante a manifestação da mentalidade do homem médio brasileiro. Este,que é, em geral, conservador, trabalhador e não tem viés ideológico.
 
Mas o Dr. Mendes é um homem da intelligentzia e, portanto, fica horrorizado quando o deputado Bolsonaro afirma que "a minoria tem de se calar e se curvar ante à maioria". Mesmo sendo um professor de Direito da maior universidade do país, ele, talvez contaminado por sua ideologia, se esquece que isso que o deputado falou é, exatamente, o que caracteriza a democracia. Inclusive, é por conta disso que o PT está no poder há tanto tempo. Mesmo a maioria sendo burra ou comprada, a minoria deve se curvar ante suas escolhas. É estranho ver um militar, como é o deputado, entender melhor de Direito do que um professor da USP, mas, assim é o que parece.
 
Mas o jurista também fica incomodado de Bolsonaro dizer que "não podemos estimular crianças a serem homossexuais". Talvez, o nobre doutor, se tiver filhos, ache bastante normal conduzi-los a prática do coito anal entre eles e seus eventuais parceiros do mesmo sexo. No entanto, a imensa maioria dos brasileiros não acha isso. Pelo contrário, tem horror só de pensar em uma coisa dessas. Portanto, o escândalo do professor é apenas mais uma manifestação de uma ideologia transviada e que afronta a própria natureza humana.
 
O articulista do Estadão não economiza nos adjetivos ao se referir ao deputado Jair Bolsonaro, porém, se ele acusa aquele que foi eleito pelo povo, que diz aquilo que a maioria das pessoas gostaria de dizer, de proferir palavras e manter atitudes discriminatórias, na verdade acaba ele mesmo demonstrando o quanto discrimina a maioria. Mas essas pessoas são assim mesmo: discriminação para eles não é tratar os outros de maneira desigual, mas apenas não defender as tortas ideias que eles mesmos defendem.
 
Até é possível concordar com ele que o governo da maioria, por vezes, se transforma em tirania. Mas, no fim das contas, essa é a própria natureza da democracia. Pior é o que está ocorrendo hoje, quando as minorias tomaram o poder de assalto. O que o Dr. Mendes precisa entender é que não há meio-termo neste caso: ou o governo é exercido por vontade da maioria e, bem ou mal, vive-se a imperfeição da democracia ou dá-se o poder a uma minoria vingativa que tem como único objetivo obter privilégios para sua própria classe.
 
Mas o professor não pode aceitar isso, pois ele acredita ser o representante de uma elite pensante, moderna, de um mundo novo, tolerante e bonito. Talvez, por isso, chame essas manifestações conservadoras de primitivismo político. Para ele, não passam de ideias retrógradas, que precisam ser extirpadas, em favor das luzes que brilham nas cabeças pensantes desses que estão à frente do pensamento progressista moderno.
 
No fim das contas, o que eles querem não é entender a cabeça do brasileiro para bem representá-la, mas, quando não puderem cooptá-la para sua ideologia, decapitá-la do pensamento político nacional.
 

4 comentários:

  1. O texto - escrito por um "DOTô" - é tão simplório, que mesmo eu consigo revelar alguns erros do autor.

    Mas vamos por parte

    Na frase:
    "Ignora as abundantes provas sobre a motivação homofóbica de centenas de crimes
    de ódio anualmente praticados por todo Brasil."

    O autor simplesmente esquece de mostrar as "abundantes provas". Proposital? Ninguém sabe, mas este recurso retórico, torna o argumento muito fraco segundo Antony Weston - A arte da Retórica. No contexto do texto,
    centenas de crimes exemplificam uma generalização de 10 para 1 numa proporção de 11.

    Mais adiante...

    "Ignora a relação causal, já demonstrada por tantos pesquisadores nacionais e estrangeiros, entre o encarceramento em massa e o agravamento da violência".

    Pois bem. Quem são os pesquisadores nacionais/estrangeiros? Qual a relação causal, dado a importância de referência em encarceramento subsequente violência no texto? Qual é a ordem que causa o que?

    Esta é uma teoria parecida com o da "vitimização der ser pobre", como recurso de ação para aqueles sem habilidades para vencer na vida, irão preferir roubar,matar e destruir. O "DOTô" enxerga que a violência aumenta aumentando o encarceramento, mas não diz da onde vem a violência, ou porque surge a violência.

    A relação entre Feliciano e Bolsonaro para servir de argumento de comparação está corretíssima; Sob o ponto de vista da luta contra a desmoralização institucionalizada por aqueles que o "DOTô" defende.

    "Ele sabe para quem está falando e por qual breviário deve rezar para se eleger"
    Da mesma forma que uns se elegem para divertimento (Tiririca) ou por banditismo (Dilma) e conseguem votos, outros se elegem, por defender a tradição (família, religião, civismo,etc...)

    A proporcionalidade do argumento:
    "Mas quando notamos que ele é somente a versão mais antipática
    de um Brasil que ainda nos espreita da esquina, ou de uma mentalidade que continua a se manifestar nos jornais, na família e no trabalho, é sinal de que o confronto não pode ser evitado. Há muito em risco para ficar em silêncio"

    É pura ilusão. 90% da mídia é esquerdista e propagandista dos
    movimentos ditos sociais ( gayzistas, raciais, abortistas, etc), não cabendo espaço para opiniões manifestas por famílias, jornais ou opinadores em ambientes de trabalho que divergem das impostas pelos mainstream..Tão obvio quanto este fato, é o caso das necessidades de informação alternativa em
    larga escala pela INTERNET.

    E para finalizar

    "Um dos desafios para a sobrevivência da democracia é alijar as ideias que atacam a sua própria condição de existência".

    Alijar uma parcela contrária a mudança brusca de valores para que se de existência a pluralidades de baixarias exigidas por uma minoria.

    Glossário*

    Decência Politica: (Mensalão, Prostituição, Corrupção,...)

    Read more: http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-ref%C3%A9ns-do-bolsonarismo#ixzz2vzVfdU5w

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  2. Li o artigo acima e concordo inteiramente com seus pontos de vista. Li também "Reféns do Bolsonarismo" e a constatação[é óbvia, além de cômica: o "Meretríssimo" está tremendo de medo!

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  3. O texto esquerdista sempre tem características similares, o autor escreve do alto de um pedestal, ataca alguém furiosamente, apresenta justificativas difusas sem explicar nada. De maneira inconsciente o propósito desses autores é sempre atacar alguém e injetar confusão ao leitor.

    Ao contrário um texto de direita de maneira geral procura mostrar a verdade apresentando argumentos sólidos com exemplos claros.

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