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O fascinante mundo do comportamento humano


02/10/2013 - Não foi apenas o conhecimento teórico da PNL que me levou a me interessar mais por ela. Na verdade, minha decisão de estudá-la mais profundamente foram duas coisas conflitantes: por um lado, a certeza de que seus métodos funcionam, causando sensíveis modificações no comportamento humano; e, por outro lado, a suspeita de que havia algo de errado, talvez prejudicial e, quem sabe, até maligno.



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Sou um apaixonado pela mente humana. Tudo o que envolve o mundo da psiquê e do espírito me atraem profundamente. O homem, em seu mistério e possibilidades desconhecidas, é, para mim, um universo maravilhoso a ser explorado. E, apesar de ter escolhido a profissão de advogado, a Psicologia é uma paixão que me acompanha desde muito cedo.

Sempre fui um observador curioso. Não tão sistemático como gostaria, mas, tratando-se do comportamento humano, naturalmente, desde muito jovem, aprecio ficar olhando as reações das pessoas, seus gestos comportamentos, os sinais visíveis e aqueles sutis que transmitem quando estão executando determinadas atividades ou falando alguma coisa. Tentar entender como as pessoas expressam suas intenções, principalmente de maneira não-verbal, sempre me atraiu.

Com essa curiosidade natural, acabei sendo levado a estudar muitos livros de Psicologia. No afã de tentar compreender a mente humana, após passar, em minhas leituras, por todas as escolas psicológicas, obviamente acabei conhecendo a Programação Neurolinguística. E, apesar de a PNL não ser uma escola de Psicologia, ela reúne em si diversas técnicas que foram desenvolvidas dentro do ambiente das terapias psicológicas. E mais, a PNL lida diretamente com o comportamento humano, que, como eu disse, sempre foi o objeto de minha curiosidade e observação.

Mas não foi apenas o conhecimento teórico da PNL que me levou a me interessar mais por ela. Na verdade, minha decisão de estudá-la mais profundamente foram duas coisas conflitantes: por um lado, a certeza de que seus métodos funcionam, causando sensíveis modificações no comportamento humano; e, por outro lado, a suspeita de que havia algo de errado, talvez prejudicial e, quem sabe, até maligno.

O que me intrigou, também, é a forma como ela vem sendo aplicada, quase indiscriminadamente, em diversos setores sociais. São cursos, palestras, seminários e livros que prometem sucesso, vitória, conquistas e uma mudança radical na vida das pessoas. Além disso, é muito curioso observar a reação dessas pessoas quando retornam desses seminários: as palavras que usam, a forma como se comportam, o que transmite uma impressão de que esses encontros são muito mais do que cursos de motivação, mas possuem uma estética semelhante a de seitas.

Irei compartilhar com os leitores, portanto, os resultados desses meus estudos, os quais, na verdade, não estão sequer perto de estarem concluídos. Isso porque a PNL, que teve seu desenvolvimento iniciado em meados dos nos 70, de lá para cá sofreu diversas contribuições de pessoas ligadas à área da psicologia comportamental, além de que diversas outras técnicas acabaram se agregando a ideia original.

O que vemos sendo aplicado hoje como o nome de Programação Neurolinguística está muito além dos primeiros estudos de Richard Bandler e John Grinder sobre linguagem e metalinguagem. Muitas outras técnicas foram agregadas à PNL. O que pretendo, portanto, é decifrá-las e compartilhar isso com meus leitores.