Fabio Blanco

A cegueira dos revolucionários (e de uns conservadores)

02/08/2013

Os revolucionários vivem para um mundo ideal. Sacrificam o que existe hoje, a qualquer preço, com a desculpa de que o que virá recompensará as dores do momento. Por outro lado, há muitos que se dizem conservadores que se apegam aos tempos antigos, como se deles tudo fosse superior, como se nada precisasse ser melhorado, como se a tradição, por si mesma, fosse valorosa. Do seu jeito, sacrificam também a realidade atual, impedindo que as lições sejam aprendidas, os erros corrigidos e a vida melhorada. Na verdade, ambos os grupos sofrem da mesma cegueira, dividindo a existência em duas categorias: a do passado e a do futuro, e esquecem que a vida se vive no presente, seja para mudar, seja para conservar.