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Minha posição sobre Israel e palestinos

19 de novembro de 2012

Meus alunos sabem muito bem que uma das maiores críticas que faço à teologia moderna é o seu excessivo afeiçoamento à doutrina judaica. Na verdade, tenho visto nisso até um desvirtuamento do cristianismo em sua proposta original. O que chamo de judaísmo cristão me parece ser um problema que a Igreja está começando a enfrentar e que tem levado muitos jovens crentes a se aproximar do judaísmo tradicional, que nada mais é do que a apostasia do cristianismo.

Por causa disso, alguns poderiam esperar que, em relação aos conflitos que envolvem judeus e palestinos, eu fizesse coro àqueles que praguejam contra Israel e suas ações militares. Nada mais errado. Independente de qualquer compreensão teológica, seria uma absurdo negar que Israel é o único bastião de liberdade que há ali no Oriente Médio. Também seria impensável acreditar que os grupos palestinos, financiadores de boa parte do terrorismo mundial, carregados de ódio contra não apenas os judeus, mas todo mundo ocidental, são inocentes.

Ainda assim, a mídia brasileira, impregnada de sentimentos progressistas e avessa que é ao cristianismo, principalmente em seu aspecto mais conservador, trata os recentes conflitos (além dos anteriores) como se fosse uma luta entre um Estado terrorista (Israel) e defensores da liberdade (palestinos). O pior, e é isso que me interessa mais, é a reverberação que esse tipo de informação recebe em muitos meios cristãos. Crentes considerados até referência entre as igrejas evangélicas falando do suposto horror que o Estado de Israel tem causado ao povo da Faixa de Gaza.

O que não querem ver é que nunca é Israel quem inicia o conflito. Sempre o exército israelense age em reação a uma agressão palestina. Se há mais mortos do lado palestino, isso simplesmente acontece pelo poderio muito superior das forças de ataque de Israel. Se há mais mortes de civis palestinos, isso acontece porque grupos como Hamas não têm a mínima preocupação de proteger sua população, lançando seus ataques terroristas de locais povoados, usando seu próprio povo como escudo para suas ações. Se não há mais mortes israelenses é porque os mísseis lançados pelos palestinos têm sido interceptados, o que demonstra a força de seu exército.

O erro que alguns amigos cometem é de se colocar como defensores de Israel unicamente porque acreditam que fazendo isso estarão do lado de Deus. Nada mais ingênuo. Deus não compactua com os erros nem mesmo do povo escolhido. Se me coloco do lado de Israel é, unicamente, por ser ele o país que está do lado certo nesses conflitos: o da liberdade e do respeito aos valores humanos. Se não me posiciono favoravelmente à causa palestina, é porque ela traz em seu bojo o ódio em relação ao que entendo ser valor humano superior e por ser ela a grande patrocinadora e movimentadora do terrorismo mundial.

As questões espirituais, teológicas e doutrinárias deixo para minhas aulas, e não se apresse em tirar conclusões apressadas do que penso sobre isso.

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