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Relatório Estrela derrotado

12 de dezembro de 2013

Algumas pessoas talvez não compreendam os verdadeiros perigos que existem na união de países em blocos supranacionais. Acreditam elas que não passam de acordos entre nações soberanas que, voluntariamente, abrem mão de um pedaço de suas soberanias em favor de causas de interesse comum. O que elas não percebem é que esses blocos continentais e, quiçá, globais, de países são, na verdade, um caminho para a usurpação da soberania nacional, decididamente.

O problema é que, a partir do momento que decisões importantes são outorgadas a um parlamento supranacional, a vontade dos povos, na consideração de suas culturas próprias e características peculiares, passa a ser irrelevante.

Veja o caso do "Relatório Estrela": uma proposta, ainda que de recomendação, para que todos os países pertencentes a União Européia oferecessem os chamados, eufemisticamente, "serviços de aborto de alta qualidade", aplicassem, nos currículos educacionais, a educação sexual mesmo para crianças em tenra idade e desenvolvessem uma política ampla de distribuição de preservativos. O projeto, como boa parte daquilo que é proposto no âmbito da União Européia, ignora a vontade de cada povo em sua cultura própria. Tanto que, se aprovado, o "Relatório Estrela", ainda que não obrigatório, passaria a ser um forte instrumento de pressão sobre todos os países do bloco, principalmente os predominantemente católicos que, atualmente, proibem ou restringem fortemente o aborto, como Malta, Polônia e Irlanda.

De qualquer maneira, o "Relatório Estrela" foi derrotado! Ainda que por uma vitória apertada (334 x 327), o Parlamento Europeu impediu que a proposta da eurodeputada portuguesa, Edite Estrela, fosse aprovada. Assim, ainda não foi desta vez que os políticos socialistas conseguiram fazer circular de uma maneira mais efetiva e oficial sua agenda de destruição dos valores que sustentaram, até aqui, a civilização do Ocidente.

Significativa, em tudo isso, porém, foi a reação da deputada derrotada, como é típico dos socialistas, que jamais aceitam as convicções contrárias, que, indignada, chamou os deputados do bloco conservador de "retrógrados", "hipócritas" e "obscurantistas" acabando, por fim, resignando-se, retirando seu nome do relatório. Tais fatos apenas demonstram que, para a esquerda mundial, toda tentativa de preservação dos valores cristãos não passam de uma atitude ultrapassada que impede o avanço de propostas de cunho superior para o desenvolvimento da sociedade.

Mais ainda, o trâmite do "Relatório Estrela" deixa bem claro que a União Européia, como os futuros blocos globalistas, não existem apenas para facilitar acordos econômicos e fazer com que os bens e o dinheiro fluam de uma maneira mais fácil entre os países, mas sim para impor uma Nova Ordem, que parece ter como principal objetivo acabar com os últimos resquícios da civilização ocidental cristã como ela foi sustentada até hoje.

De qualquer forma, a derrota do relatório da deputada portuguesa foi uma grande vitória do conservadorismo europeu. Porém, até mesmo pelo placar apertado da votação, sabe-se que os progressistas não sossegarão até conseguirem impor suas políticas de gênero e suas convicções anticristãs a todo o mundo.

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