Tem havido uma discussão constante sobre a questão da representatividade. Uns dizem que fulano não os representa, outros afirmam que sicrano, sim, os representa. Parece que estão todos buscando um ícone para projetar seus anseios. Certo é que a Bíblia afirma que maldito é o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço (Jr. 17.5). Se eu não posso confiar sequer em mim mesmo, pois tenho consciência de minha volatilidade e inconstância, se acreditar que eu mesmo sou capaz de resolver as questões da minha existência é um erro fatal, como posso buscar alguma representatividade em algum outro ser humano? Ninguém me representa, portanto. Nem pode me representar. Respondo somente pelos meus atos, e ninguém mais pode responder por eles! Porém, apesar de sempre ter ouvido tanta crítica que não católicos fazem quanto à existência de um papa, parece que, no fundo, todo mundo está querendo mesmo é um papa para lhes representar.
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